A Origem do Amor, Manda Collins | Opinião Livros

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Capa do livro A Origem do Amor.
Com este anel, te desposo. Com o meu corpo, te venero.

Sinopse:
POR VEZES, O AMOR VERDADEIRO...
A vida de Lady Isabella Wharton é tremendamente preenchida: desde bailes a almoços, não lhe falta o que fazer em Londres. Por isso, é a contragosto que aceita a “sugestão” da madrinha de ir visitar o seu neto solteiro no campo e persuadi-lo a regressar à cidade.

SURGE ONDE MENOS SE ESPERA...
Para Trevor Carey, duque de Ormond, não há nada que supere os prazeres simples da vida. Os salões de festa londrinos estão longe da sua lista de prioridades, até ao dia em que conhece Isabella. Pois os ares do campo parecem despertar naquela criatura presunçosa uma nova mulher – mais intensa, mais apaixonada. Conseguirá ele enfrentar a sociedade e conquistar o coração de Isabella?

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Opinião:

Depois de ler A Desumanização de Valter Hugo Mãe senti necessidade de enveredar por uma leitura bem mais leve, foi assim que finalmente me propus a ler A Origem do Amor, um livro que já se encontrava na minha estante à algum tempo, mas ao qual havia sempre preterido por outras obras.

Este livro conta-nos a história de amor entre Isabella, uma jovem viúva com os seus próprios segredos e traumas e Trevor Carey, o novo duque de Ormonde, que hesita em aceitar o título do qual o pai foi deserdado por ter optado se casar por amor.

Demorei a entrar na história, as primeiras páginas não me cativaram e quase até metade do livro tive vontade de parar a leitura por várias vezes, mas a partir do momento em que a relação entre os protagonistas se torna mais intima, as coisas começaram a ficar mais interessantes e profundas e não consegui largar o livro de jeito nenhum.

A Origem do Amor é um livro que não me ficará na memória, ao contrário d'A Desumanização,  mas, por outro lado, foi um livro que me entreteve e me facultou uma distração prazerosa dos problemas da vida.

Para além de termos um romance maravilho entre duas personagens que de facto merecem o seu final feliz com todo o mérito, temos um grande mistério a ser desvendado, apesar de para mim ter sido um bocado óbvio quem seria o culpado direto. Agora, quem é a mente que está por detrás de tudo o que aconteceu à protagonista, ainda não faço ideia... E esse é o maior trunfo que a autora leva para os próximos títulos desta série (Planos Perversos), desenvolver um mistério relacionado com um segredo partilhado por três jovens viúvas, Isabella, Perdita, a sua irmã mais nova, e a sua grande amiga Georgina. Sendo Georgina a protagonista do próximo livro da série.

Para além dos protagonistas gostaria de destacar as irmãs mais novas de Trevor, Belinda e Elanor, duas meninas com um coração de ouro, é caso para dizer que o irmão mais velho tem feito um excelente trabalho sozinho na educação das irmãs, apesar de se recusar a ver que elas estão a crescer, principalmente, Elanor que com dezassete anos está quase pronta para o seu grande debute na sociedade. Isabella ajuda-o a ver um pouco isso, apesar dele não o conseguir aceitar por completo.

O contraste, que deve ser aberrante, entre a vida no campo e a vida na grande cidade de Londres não chega a ser explorado na obra, apesar de estar sempre a ser referido, o que achei uma desilusão... Mas no geral toda a história foi bem conduzida e o seu grande clímax final foi bastante entusiasmante e fez-me temer pela segurança da protagonista.


O melhor: Trevor Carey com a sua bondade e o seu charme fácil.

O menos bom: A primeira parte do livro enrola um bocado, na tentativa de prolongar o enredo. Espero que a autora aumente o ritmo nos próximos livros da série.

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